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Riso fácil

  • Foto do escritor: Olga Colvara
    Olga Colvara
  • 6 de set. de 2017
  • 2 min de leitura

Mais uma terça-feira e dessa vez a crônica saiu um pouco atrasada, pois há uma semana tem um novo habitante no meu lar que, assim como Deus, decidiu me amar de graça e se depender dele ficaremos grudados igual chiclete o dia todinho.

O nome dele é Josias, meu primeiro filho, um menino que já nasceu grandão e cheio de história, que já nasceu me fazendo chorar tanto de amor quanto de dor e me lembrando que o amor bíblico que Jesus ensina, aquele que tudo sofre e tudo suporta, é algo tão intenso e diferente que nunca estaremos 100% preparados para esse sentimento.

Mas hoje quero falar de outra coisa, há três dias reparei que Josias já sabe sorrir e melhor que isso não precisa de algum acontecimento específico para arrancar dele um rápido e delicioso sorriso. Dormindo ele sorri, olhando para mim ele sorri e até mesmo enquanto está mamando acha tempo para parar por um segundo com a boca ainda no meu seio e dar um sorrisinho de canto de boca.

Nascer sabendo chorar não é algo tão especial, a fome dói, a solidão dói, um machucado dói e tudo que dói facilmente e involuntariamente faz com que expressemos para buscar um alívio vindo de alguém ou algum lugar. Quem sabe alguém me ouve e decide me acudir? – pensa o bebezinho – e chora.

Por outro lado nascer sabendo sorrir para mim foi uma surpresa, das boas. Nosso sorriso que depois de adultos são tão seletivos, eu mesmo com minha timidez dificilmente saio distribuindo sorrisos por ai, em pensar que quando recém-nascida eu doava gratuitamente meus sorrisos, para estranhos e conhecidos, para parentes, visitas, vizinhos, para crianças, adultos ou velhinhos, qualquer um que desse a sorte de estar por perto nesses flashes de gratidão.

E por que estariam sorrindo? Quantas coisas boas poderiam lembrar ou sonhar em tão pouco tempo de existência, no caso do meu príncipe que está há apenas cinco dias em casa, o que tanto ele lembra de bom? Pela sua pequena lista de vida posso supor que até agora são pequenos sorrisos de gratidão. Gratidão por estar vivo, gratidão por ter um aconchego para dormir, gratidão por ter seu alimento de cada dia e por fim gratidão por ter amor. Pensando bem, quantos de nós não temos esses itens supridos em nossas vidas todos os dias? Fora tudo que já tive que aprender e sentir nos cinco dias antes dele chegar em casa, no quinto dia depois que ele está aqui aprendo que é necessário sorrir mais. Que sejam sorrisos de gratidão a Deus, sorte de quem estiver por perto.

Comecei o texto terça, mas só agora consegui finalizar. Até próxima terça ou quarta ou sábado, tentarei ao menos manter as crônicas semanais, só não garanto o dia exato de cada uma.


 
 
 

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Olga Colvara

Administradora, escritora, esposa e mãe.

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